XXV Semana Acadêmica de História FURB
História & Diversidades
02 a 04 de maio de 2018
Simpósios Temáticos
Sumário:
2. Cidades: espaços, memórias e identidades
Me. Maicon Mariano; Me. Mauro Cezar Vaz de Camargo Junior (UFSC); Me Renato Muchiuti Aranha (UDESC).
3. Cultura Impressa e Intelectuais: sociedades literárias, periódicos e projetos editoriais
Ma. Cristiane Garcia Teixeira (UFSC); Ma. Emilly Fidelix (UFSC); Prof.ª Dra. Maria de Fátima Fontes Piazza (UFSC).
4. Didática da História
Profa. Dra. Cintia Regia Rodrigues (FURB); Prof. Me. Maicon Roberto Poli de Aguiar (E. E. M. Professora Elza Henriqueta Techentin Pacheco); Profa. Ma. Yomara Feitosa Caetano de Oliveira Fagionato (UDESC - Capes).
6. Diversidade na longa duração: movimentos e interações na Antiguidade e Idade Média
Me. Janaína de Fátima Zdebskyi (UFSC); Me. Rodolpho Alexandre Santos Melo Bastos (UFSC).
7. Entre golpes: cultura política e democracia no tempo presente brasileiro
Dr. Michel Goulart da Silva (IFC).
8. História Contemporânea: da “era dos extremos” ao “caótico século XXI”
Me. Icles Rodrigues (UFSC); Me. Juan Filipi Garcês (UFSC).
11. Política, Tempo Presente e Narrativas Midiáticas
Me. Juliana Miranda da Silva (UDESC).
12. Práticas e vivências religiosas no Brasil
Profa. Dra. Juliana de Mello Moraes (FURB)
13. Religiões e religiosidades no tempo presente: Sensibilidades, diversidades e re-existências
Prof. Dr. Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo (UFSC)
2. Cidades: espaços, memórias e identidades
Buscando afirmar estes simpósio como lugar de convergência de pesquisadores que tenham a cidade e suas vivências como foco de análise, visando criar um debate e aproximar pesquisadores da temática no âmbito regional. Compreendemos as cidades como lugar de disputas, tanto narrativas quanto espaciais, presentes em manifestações que abrangem os campos da política, cultura e economia; uma cartografia conflitante marcada por fronteiras móveis - cujas demarcações por vezes são fluidas, se sobrepõem ou ocorrem simultaneamente - assim orientando as formas de habitar e transitar no espaço urbano. Estas experiências heterogêneas formam também uma pluralidade de memórias, afetos e identidades que se tornam elementos de resistência e reconhecimento. Assim, marcam a trajetória tanto de cidades e bairros quanto dos grupos sociais que neles atuam revelando táticas e estratégias. Deste modo, este simpósio tem como objetivo ampliar os debates sobre as diversas questões que envolvem os usos das cidades, como planejamentos, a construção da paisagem, formação das territorialidades, diálogo com o rural, além das táticas e estratégias do cotidiano urbano tomadas pela obra de Michel de Certeau, onde estes movimentos são lidos pelo conceito de trajetória, constituídos e constituintes de movimento, no tempo e espaço. Complementando e ao mesmo tempo auxiliando na construção da perspectiva de cidade estão outros dois conceitos; o primeiro deles, a memória, é pensado em leitura através de Paul Ricoeur e Pierre Nora, enquanto o referencial de identidade é construído com leituras de Stuart Hall e Pierre Bourdieu.
Proponentes:
Me. Maicon Mariano; Me. Mauro Cezar Vaz de Camargo Junior (UFSC); Me Renato Muchiuti Aranha (UDESC).
Currículos:
Maicon Mariano: Mestre em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Graduado em História pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
(http://lattes.cnpq.br/0258156779196927)
Mauro Cezar Vaz de Camargo Junior: Doutorando em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina e graduado pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
(http://lattes.cnpq.br/5543001673997586)
Renato Muchiuti Aranha: Doutorando em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Mestre em História pela Universidade do Estado de Santa Catarina e mestrando em Letras Inglês pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina e graduado em Letras Inglês pela Universidade Federal de Santa Catarina.
(http://lattes.cnpq.br/4308780661021503)
3. Cultura Impressa e Intelectuais: sociedades literárias, periódicos e projetos editoriais
O ST visa discutir o campo intelectual brasileiro com suas sociedades literárias, sodalícios, grupos de intelectuais e o surgimento de periódicos, literários ou não. No âmbito da cultura impressa vislumbra-se escritores, poetas, jornalistas, cronistas, contistas, romancistas, artistas plásticos e gráficos e editores consagrados ou à margem das instâncias de consagração do campo literário e artístico. Tendo como epicentro os intelectuais e a cultura impressa, o ST abrangerá discussões sobre intelectuais engajados ou não, mediadores culturais, projetos editoriais e literários de grupos, as sociedades e salões literários. Buscará também aproximar pesquisas que tratem da atividade editorial na vida política e cultural, refletindo sobre o papel da literatura, escritores, editores e os demais atores da organização da cultura impressa no Brasil. Procurar-se-á a reflexão sobre questões relacionadas à criação, produção e difusão de impressos, bem como a compreensão de redes de sociabilidades tecidas ao editar, organizar e colaborar para a criação e manutenção de livros, jornais, revistas e demais impressos. Com o intuito de compreender a dinâmica do campo intelectual brasileiro nos séculos XIX e XX, o debate terá que pontuar o cruzamento do binômio cultura impressa e intelectuais, tendo como escopo verificar a seguinte hipótese: até que ponto o campo intelectual e editorial definem a consagração de autores, obras literárias e de artes visuais?
Proponentes:
Ma. Cristiane Garcia Teixeira (UFSC); Ma. Emilly Fidelix (UFSC); Prof.ª Dra. Maria de Fátima Fontes Piazza (UFSC).
Currículos:
Cristiane Garcia Teixeira: Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pela mesma instituição, concluiu o mestrado em História. Suas pesquisas centram-se na história da imprensa, campo editorial, literatura e grupo de intelectuais no Brasil do século XIX. Atualmente desenvolve pesquisa sobre uma agremiação chamada Sociedade Petalógica do Rossio Grande (1831-1864), sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Maria de Fátima Fontes Piazza.
(http://lattes.cnpq.br/8607563094494580)
Emilly Fidelix: Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mestre em História Cultural e Especialista em História Social. Suas pesquisas centram-se em arquivos pessoais de intelectuais, história e literatura, sociabilidades intelectuais, colecionismo e escritas de si. Atualmente desenvolve pesquisa no Arquivo-Museu de Literatura Brasileira – AMLB/FCRB – RJ, sob orientação da Profª. Drª Letícia Borges Nedel.
(http://lattes.cnpq.br/2431653157668519)
Maria de Fátima Fontes Piazza: Professora do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Doutora em História pela UFSC. Desenvolve pesquisas sobre cultura impressa, história dos intelectuais com interface com as artes visuais. No Laboratório de História e Arte do CFH/UFSC, desenvolveu estudos sobre mediações culturais, cultura impressa (periódicos culturais), intelectuais. Autora de livros e artigos científicos, no momento, encontra-se no prelo a obra coletiva “Cultura Impressa: das páginas dos periódicos à circularidade da arte gráfica”, em coautoria com Clarice Caldini Lemos. (http://lattes.cnpq.br/5644342160532261)
4. Didática da História
A atualidade tem se caracterizado por um contexto em que várias discussões em torno do ensino de história se fazem presentes. Seja pela aprovação da base nacional comum curricular ou por questões em torno da busca e afirmação de uma educação democrática e das diversidades na cultura escolar. A proposta desse simpósio é dar continuidade aos debates realizados no simpósio temático “Didática da História” que está em sua quarta edição, na Semana Acadêmica do Curso de História – FURB, congregando as múltiplas e distintas perspectivas relacionadas à didática da História e problematizando os temas atuais que tratam da história ensinada, ou seja, o lugar da História e do ensino de História na educação básica. Propomos agregar investigações que promovam debates interdisciplinares das pesquisas acadêmicas e as experiências docentes, em torno de temas como: o campo da educação histórica, os usos públicos da história, a historiografia e a história da educação, o uso de fontes e produção de materiais didáticos. Propomos privilegiar investigações acerca das ações e demandas em torno das pluralidades sociais na cultura escolar, os desafios na formação de professores de História e os processos históricos presentes na constituição do ensino de História no Brasil.
Proponentes: Profa. Dra. Cintia Regia Rodrigues (FURB); Prof. Me. Maicon Roberto Poli de Aguiar (E. E. M. Professora Elza Henriqueta Techentin Pacheco); Profa. Ma. Yomara Feitosa Caetano de Oliveira Fagionato (UDESC - Capes).
Currículos:
Cintia Regia Rodrigues: Doutora em Estudos Históricos Latino-Americanos no PPGH da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – UNISINOS. Possui Graduação em Licenciatura em História na Unisinos; Mestrado em Estudos Históricos Latino-Americanos – Unisinos. Atualmente é docente do quadro permanente da Universidade Regional de Blumenau – FURB. Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil (séculos XIX e XX) e em ensino de História, atuando principalmente nos seguintes temas: populações nativas, cultura, política indigenista, grupos étnicos e na didática da história. É integrante do Núcleo de Estudos Indígenas (NEI/FURB). É coordenadora do Laboratório de Didática da História (LADIH/FURB).
(http://lattes.cnpq.br/1301295648947203)
Maicon Roberto Poli de Aguiar: Mestre em Ensino de História no ProfHistória da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Possui Graduação em Licenciatura em História na Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB. Atualmente é docente efetivo da Escola de Ensino Médio Professora Elza Henriqueta Techentin Pacheco – Blumenau/SC. Tem experiência com Ensino Fundamental e Médio, atuando também com projetos principalmente nos seguintes temas: história e cinema, história e audiovisuais e diversidade étnico-cultural (Oriente Médio). É membro do Laboratório de Didática da História (LADIH/FURB).
(http://lattes.cnpq.br/8090379423438295)
Yomara Feitosa Caetano de Oliveira Fagionato: Doutoranda em História do Tempo Presente na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), atualmente é bolsista CAPES. Faz parte do Grupo de Pesquisa Culturas Escolares, História e Tempo Presente - CNPq/UDESC. Pesquisa sobre “A área de Estudos Sociais nos Ginásios Vocacionais do Estado de São Paulo (1961-1969)”. Possui graduação em História pela Universidade do Vale do Itajaí-SC - UNIVALI (2004), mestrado em História do Tempo Presente pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC (2009). Atuou como professora do curso de História na Fundação Universidade Regional de Blumenau – FURB, consultora técnica na produção de materiais didáticos, confecção de Currículos de História e formação de professores junto às Secretarias da Educação dos Municípios da região do Vale do Itajaí (SC). Tem experiência na área de História, com ênfase em formação de professores/as, atuando principalmente nos seguintes temas: História do Tempo Presente (HTP), História da Educação, culturas escolares, didática da história, formação de professores e relações de gênero. É membro do Laboratório de Didática da História (LADIH/FURB).
(http://lattes.cnpq.br/6476122453010144)
6. Diversidade na longa duração: movimentos e interações na Antiguidade e Idade Média
Os assuntos relacionados aos movimentos, interações e, sobretudo, a diversidade em temporalidades longínquas e remotas - de longa duração - ainda são pouco estudados, principalmente no Brasil. A antiguidade e o medievo são períodos repletos de movimentos; entrelaçamentos transculturais entre povos de diferentes espaços geográficos; conexões por rotas comerciais; conflitos identitários; interações por guerras, casamentos, pactos e alianças. Visando perceber tais movimentos e interações, esse Simpósio Temático se propõe a receber trabalhos que realizem discussões e reflexões que tangenciem, principalmente, a temática da diversidade nessas temporalidades, como a “diversidade de gênero", "diversidade de epistemes", "diversidades narrativas" e “diversidades culturais e identitárias”, entre outros. Na esteira dessas possibilidades, também é possível destacar a importância dos estudos acerca do gênero e da teoria queer, por exemplo, como categoria de análise histórica que pode ser aplicada tanto à antiguidade como a Idade Média, para recuperar algumas de suas imagens e informações, por intermédio de objetos distintos e diversas fontes (documentos, imagens, arquitetura, vestimentas, literatura, etc). Inclui-se neste âmbito, ainda, as fontes contemporâneas, como o cinema e a música que procuram, por meio das ressonâncias de determinados imaginários desses períodos, acessar essas temporalidades. Por fim, vale ressaltar que o presente Simpósio Temático aceita pesquisas em estágio inicial, médio e avançado, cujos resultados já apresentem potencial de comunicação em evento científico.
Proponentes:
Me. Janaína de Fátima Zdebskyi (UFSC); Me. Rodolpho Alexandre Santos Melo Bastos (UFSC).
Currículos:
Janaína de Fátima Zdebskyi: Doutoranda em História Global na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Mestra em História Cultural pela UFSC com bolsa do CNPq; Graduanda em História pela mesma instituição; Psicóloga formada pela Universidade do Vale do Itajaí com Bolsa ProUni; formada em técnico em turismo pelo Colégio Estadual Barão de Capanema. Em suas pesquisas dedica-se em abordar os entrelaçamentos culturais e relações sociais e políticas no espaço do antigo Crescente Fértil, abordando narrativas míticas e iconografias dos povos que habitaram essa região e construindo um aporte teórico metodológico com base na categoria de "alegoria histórica".
(http://lattes.cnpq.br/8121554739886025)
Rodolpho Alexandre Santos Melo Bastos: Doutorando em História na Universidade Federal de Santa Catarina (PPGH - UFSC) e Bolsista CAPES. Mestre em História pela Universidade Estadual de Montes Claros (PPGH - UNIMONTES). Possui pós-graduação em Filosofia (2011/2012), graduação em História (2003/2007) e graduação (trancada) em Filosofia, todos, pela Unimontes. Integrante do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Medievais (MERIDIANUM - UFSC) e do Grupo de Estudo entre o Masculino e o Feminino (GEFEM - UFSC). Tem experiência na área de História e Filosofia nos seguintes temas: Modelos de feminilidades na Idade Média; Imaginário Feminino Cristão no Medievo; Relações de Gênero e Contos de Fadas Clássicos; Imaginário e Representações sobre a virgem Maria e Cinematografia Mariana.
(http://lattes.cnpq.br/5676372308120967)
8. História Contemporânea: da “era dos extremos” ao “caótico século XXI”
O presente simpósio, cujo título referencia diretamente obras de Eric J. Hobsbawm e Paulo F. Visentini, tem como objetivo reunir pesquisadores e pesquisadoras cujos temas estejam inseridos dentro do recorte que vai de 1914 ao presente. Nesse escopo, os trabalhos podem dialogar com uma série de temáticas pertinentes relacionadas a este recorte temporal, como as Grandes Guerras e o período entre ambas, a ascensão do Fascismo (e suas possíveis relações com o presente), o pós-guerra, lutas e pautas identitárias de minorias, Guerra Fria e suas consequências, geopolítica, conflitos armados e guerras civis, indústria cultural (cinema, música, literatura, TV, etc.), o fim do mundo bipolar e de projetos coletivos, o crescimento do individualismo e sua intersecção com a sociedade de consumo, terrorismo, o culto ao militarismo, crises econômicas e políticas, a questão de classe, no presente, entre outros. Reunindo trabalhos diversos, buscaremos debater as múltiplas facetas dos séculos XX e XXI, suas continuidades e rupturas, bem como compreender o vasto leque de fontes e documentações disponíveis sobre diferentes assuntos, como documentos oficiais, o cinema, mídias impressas, mídias audiovisuais, música, oralidade, memórias, biografias, literatura, além da enorme quantidade de recursos que a Internet oferece. Buscamos neste simpósio uma prolífica troca de experiências e a colaboração advinda de um encontro de pesquisadores com recortes temporais próximos, problematizando sua inserção dentro da complexidade e diversidade que envolve o estudo da contemporaneidade.
Proponentes:
Me. Icles Rodrigues (UFSC); Me. Juan Filipi Garcês (UFSC).
Currículos:
Icles Rodrigues: Bacharel, licenciado e mestre em História pela Universidade Federal de Santa Catarina, atualmente doutorando em História pela mesma instituição. Possui grande interesse na história dos nacionalismos e identidades (regionais e nacionais), as memórias a respeito da Segunda Guerra Mundial e os conflitos de identidades na Europa após o fim da Guerra Fria. Pesquisa também na área de História e Música, buscando compreender as relações entre o militarismo e o Heavy Metal. Atua na área de História Pública e divulgação científica, sendo responsável pelo canal Leitura ObrigaHISTÓRIA no YouTube desde agosto de 2015.
(http://lattes.cnpq.br/0864535917103259)
Juan Filipi Garcês: Licenciado e Bacharel em História pela Universidade Federal de Santa Catarina. Mestre em História Cultural pela mesma instituição, contemplado com bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Estuda temas relacionados à História do Tempo Presente, ligados principalmente aos seguintes tópicos: mídia brasileira, representação social, história política e pesquisas que envolvem a análise da narrativa, produção e recepção de filmes.
(http://lattes.cnpq.br/4304005319373334)
11. Política, Tempo Presente e Narrativas Midiáticas
O presente simpósio busca reunir pesquisas que ao tomarem a imprensa como objeto de análise privilegiem um olhar sobre o campo do político. Considerando o alargamento das pautas reivindicatórias por parte de diferentes atores sociais ao longo das últimas décadas, entende-se a imprensa como espaço privilegiado de agenciamento de narrativas que propagam valores e revelam práticas e relações sociais. Tendo em vista que a veiculação de acontecimentos e visões de mundo disponibilizadas pela mídia carregam preferências e interesses, reconhecemos como ações políticas capazes de colaborar para a construção de estereótipos e consensos, tanto os debates instituídos na cena pública como os silenciamentos. Considera-se ainda, as mobilizações temporais realizadas pela imprensa, que revelam passados em disputa e “horizontes de expectativa” que podem agenciar projetos políticos. Nesse sentido, o simpósio Política, Tempo Presente e Narrativas Midiáticas busca oportunizar a discussão sobre as intersecções entre a diversidade de pautas de cunho político e sua veiculação em diferentes veículos midiáticos.
Proponente:
Me. Juliana Miranda da Silva (UDESC).
Currículo:
Juliana Miranda da Silva: Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade do Estado de Santa Catarina (PPGH-UDESC) na linha de pesquisa Culturas Políticas e Sociabilidades. Mestra pela mesma instituição (UDESC) e graduada em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Especialista em Educação de Jovens e Adultos pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). História do Tempo Presente, imprensa, políticas públicas educacionais, democracia e cidadania no Brasil são as temáticas que perpassam suas pesquisas. Atualmente, é bolsista Capes e desenvolve pesquisa sobre as narrativas midiáticas elaboradas pela grande imprensa acerca dos exames de avaliação nacional, principalmente sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
(http://lattes.cnpq.br/7034244472259634)
12. Práticas e vivências religiosas no Brasil
Este simpósio tem como objetivo proporcionar um espaço de debate sobre as práticas e vivências religiosas no Brasil ao longo do tempo. A complexidade e a importância das práticas ou da vivência religiosa desde o período colonial até a atualidade revelam a centralidade dessas esferas no cotidiano da população. São bem-vindas pesquisas, em andamento ou concluídas, sobre os mais variados temas, tais como morte, ritos fúnebres, festas, procissões, cerimônias religiosas públicas ou privadas, instituições e associações religiosas, inquisição e hereges, hagiografias, literatura e impressos religiosos, movimentos contemporâneos, etc.
Proponente:
Profa. Dra. Juliana de Mello Moraes (FURB)
Currículo:
Juliana de Mello Moraes: Possui graduação (2000) e mestrado (2003) em História pela Universidade Federal do Paraná e doutorado (2010) em História pela Universidade do Minho, Portugal. Realizou estágio pós-doutoral (2014) na Universidade de Lisboa. Atualmente é docente do Departamento de História da Universidade Regional de Blumenau (FURB). Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil Colônia e Portugal (séculos XVII e XVIII), principalmente das instituições, sociabilidades e práticas religiosas e da indumentária na Idade Moderna.
(http://lattes.cnpq.br/0103009525381966)
13. Religiões e religiosidades no tempo presente: Sensibilidades, diversidades e re-existências
31 de agosto de 2016: data em que a presidenta Dilma Rousseff foi deposta mediante golpe parlamentar / jurídico / midiático com toques misóginos. A misoginia à Dilma, assim como às demais mulheres, tem em muitos casos motivações religiosas que vinculam a mulher ao “sexo frágil” e à sua condição de “costela e cauda” do homem, por sua vez considerado o “cabeça da relação”. As alusões que discursos religiosos fazem ao corpo podem instigar outras perguntas: Quais os mecanismos de ditadura sobre os corpos, sensibilidades e memórias estão enraizados em concepções religiosas? Podem as religiões e religiosidades empoderar corpos e identidades ao invés de oprimir? Com qual corpo se apresenta a política brasileira contemporânea e quais as políticas dos corpos envolvidas nas te(n)sões entre religião, gênero e sexualidade, dentre outros marcadores sociais? Esse ST acolherá conexões entre religiões e religiosidades; corpos e espiritualidades; sensibilidades, afetos e subjetividades; conservadorismos, diversidades e resistências (inclusive nas pesquisas acadêmicas). Também serão bem-vindos trabalhos de história do tempo presente e imediato que utilizem história oral, etnografias, análise de discursos e/ou de fontes on-line, off-line e mistas e articulem questões como: a) o Golpe de 2016 e a misoginia à Dilma; b) “cura e libertação” de pessoas não-hétero e com identidades trans; c) intolerância religiosa; d) igrejas inclusivas; e) Bancada Evangélica; f) marketing, espetáculo e redes sociais da internet; g) humor, mau-humor e religião; h) novos movimentos religiosos, místicos e espiritualistas; i) movimentos ideológicos como Escola Sem Partido e falácias como “ideologia de gênero” e “cristofobia”; j) novos movimentos sociais de resistência ao reacionarismo; dentre outros temas possíveis.
Proponente:
Prof. Dr. Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Fo (UFSC)
Currículo:
Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho: Atua na Presidência da Associação Brasileira de História das Religiões (ABHR) e na Coordenação da Fogo Editorial, uma nova editora especializada em Diversidades. Realizou Pós-Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas e Pós-Doutorado em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Realiza Pós-Doutorado em Ciências das Religiões na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Realizou Doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestrado em História do Tempo Presente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC). Sua Graduação em História foi realizada na USP. Escreveu o livro A Grande Onda Vai Te Pegar, que sofreu tentativas de censura na Justiça através da igreja analisada, a Bola de Neve Church.
(http://lattes.cnpq.br/7589132071776933)